domingo, 5 de janeiro de 2014

A empatia e a disciplina positiva [...]

Foto : Nossas Mãos,Camila, Yohann e Alice
Como eu contei há 2 dias, Alice está engatinhando e  eu fiquei com a impressão de que a educação e o cuidado começaram só agora! Explico, a pequena passou a ter vontade própria para escolher para que lado quer ir, está descobrindo todo o mundo à sua volta e isso implica em olhos muito atentos e uma quantidade de NÃOs absurda! Pensando melhor sobre isso eu não gostaria que essa fosse uma palavra frequente no nosso vocabulário, pois ela é chata e significa impedir uma pessoinha de desbravar algo. É óbvio que é muito mais fácil dizer um sonoro NÃO quando a criança está querendo mexer em algo que quebra ou que pode machucar, mas o melhor seria mostrar o porque não é ideal deixar que ela tenha esse contato.
Eu costumava deixar a pequena sentada no tapete da sala rodeada de brinquedinhos e com a tv ligada para que eu pudesse fazer algumas coisas em casa, mas isso não me pertence mais, pois ela não fica ali paradinha brincando - só se estivermos juntos a ela- e a vida está começando a virar uma correria. Risos. Se eu não ligasse para a quantidade de NÃOs a vida agora seria assim:
- Não põe isso na boca! Não mexe na tomada! Não cospe a comida! Não vai para esse lado! Não mexe aí! Não chuta o papai! Não faz assim, não, não, nãão!!
Eu gostaria do fundo do meu coração de educar Alice embasada na disciplina positiva, que é um modelo de educação com base na psicologia adleriana - de Alfred Adler- desenvolvida por Rudolf Dreikurs que resumidamente consiste no respeito mútuo, compreensão  e educar com  firmeza. Esse modelo não significa que os pais devem ser permissivos e nunca dizer um não e sim que devem demonstrar empatia para com a criança, propiciando descobertas seguras, entendendo as suas necessidades e curiosidades, ensinando através do exemplo. Uma criança quando não está satisfeita ou segura geralmente demonstra através do comportamento, seja agressivo, temperamental ou retroativo e é nesse momento que nós pais devemos deixar claro que entendemos como o pequeno sente-se e sermos solidários. 
Antes de serem nossos filhos precisamos entender que eles são pessoas com vontade própria, com preferências e que nem tudo o que nós imaginamos para eles é o melhor - em algumas ocasiões- e esse tipo de disciplina procura entender o que a criança quer/necessita e nos ensina que se for algo que realmente não possa ser feito, o correto é conversar, explicar as consequências e geralmente mudar o foco.  Por exemplo, não adianta entrar num embate com uma criança que está pedindo algo no mercado que não possa ser levado para casa, o mais fácil é mudar o foco e tentar chamar a atenção dela para uma outra coisa totalmente diferente.
Nesse tipo de disciplina deve-se elogiar com cuidado, desenvolver a autoconfiança e a autonomia e jamais impor coisas e sim pedi-las, pois a história de que "eu sou sua mãe e mando em você" não deve colar, a criança merece uma explicação sobre um NÃO. Tentando resumir mais uma vez: A conversa é muito importante, um relacionamento positivo e amoroso, e principalmente seguro e empático. Uma pergunta que deve ser frequente é a seguinte: é perigoso ou não? Se for perigoso devemos desviar a atenção do pequeno , se for apenas curiosidade podemos gentilmente mostrá-lo o que quer ver/mexer e aí muitas vezes a vontade de mexer novamente até desaparece - tudo o que é proibido é mais legal, lembra?-.
Ainda preciso estudar muito sobre essa forma de educar, até mesmo para dividir experiências aqui no blog, mas com certeza com muita paciência irei conseguir no momento certo fazer o melhor para que Alice seja uma pessoa melhor. A criação com apego também ainda está sendo um aprendizado diário para mim,e que eu pretendo ir desmistificando por aqui! Educar um filho não é tarefa das mais fáceis, mas a certeza que tenho é a de que ela deve ser feita com muito amor e com muita empatia.
Empatia, empatia, empatia...quantas vezes eu falei essa palavra só neste post? Risos. Ainda assim é melhor do que dizer NÃO, não, nãoooo! 
Vou terminar fazendo algo que eu acredito que você deve estar pensando... mas o que significa isso?

-Definição do dicionário Aurélio:Empatia : s.f. Psicologia e Filosofia Faculdade de perceber de que modo uma pessoa pensa ou sente. &151; Embora não tenhamos conhecimento direto da mente dos outros, muitas vezes podemos fazer suposições bastante precisas acerca da maneira como as outras pessoas sentem ou no que pensam. 







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