Depois do Nono Mês

-Passe lá em casa, que eu to te esperando [...]

9 meses de Alice, o nono mês! 

Hoje é um daqueles dias em que  eu relembro tudo, desde o comecinho do namoro com Yohann e fico nostálgica. Não é para menos, o mesversário da nossa pequena é o dia que tiramos para conversar sobre o quanto ela cresceu, desenvolveu e contar todas as coisas diferentes que ela faz e não fazia antes. É quando celebramos a alegria que a existência dela traz para as nossas vidas. Aliás, não celebramos apenas aos dias dezesseis, mas também aos dezessete, dezoito [...] somos pais apaixonados. Nossa pequena maravilha já chegou causando abalos císmicos no coração dos genitores aqui! ~emocionada.

Quando a pequena nasceu era possível escutar os soluços do pai fresco até mesmo na sala de parto ao lado, e as lágrimas e suspiros o acompanharam por pelo menos uma semana. Na maternidade por vezes Yohann ficava em silêncio, olhando para aquele pequeno pedacinho dele e por mais uma vez chorava. Não cansava de agradecer a Deus pelo presente que havíamos acabado de ganhar.

Lembro bem que na primeira consulta do pré natal o obstetra falou:- esse vai ser pai de menina, homem muito brutão, sempre paga os pecados- e não é que estava certo? Mas aí eu me pergunto, cade o cara marrento? Esse é o pai mais derretido que eu conheço nesse mundo inteiro, Alice é capaz de desbancá-lo apenas com um sorriso banguela!

Por muitas noites depois que a nossa filha adormece ficamos conversando sobre como nossa vida mudou depois que ela chegou. Mudou para tão melhor! Um filho traz com certeza um motivo importante para viver e para observar tudo o que está em nossa volta com mais amor e  mais atenção. SLOW MOTION.

Ter um filho é quase sempre parar no meio do caminho para olhar uma borboleta, sentir o cheiro de uma flor, escutar o canto dos passarinhos e imitá-los. A maternidade/paternidade deixa a vida desacelerada. Tudo passa a ter o tempo do filho, com todas as descobertas diárias que ele pode ter e com todos os ensinamentos que possamos passar. A hora da refeição passa a ser um momento em família muito mais significativo e não meramente uma necessidade básica, e  a cada colherada que a cria aceita é uma festa!

Ser pai e ser mãe exige repetir diversas vezes a mesma coisa, com calma e paciência. É escutar várias vezes ao dia a mesma música só porque faz o filho sorrir, é assistir ao mesmo desenho animado, brincar das mesmas brincadeiras.  É falar mais eu te amo, é respirar aliviado em terminar o dia bem. É abraçar mais, beijar mais e emocionar-se muito mais.

Os dias com um filho têm mais cores, tem mais música, tem mais preocupações, tem mais olheiras, tem mais bocejos. Mas um dia com um filho tem mais sentido, mais sensibilidade, mais graça. E é por isso que em dias como esse eu agradeço pela sorte de ter Alice como filha e ter Yohann como marido. Mas eu agradeço principalmente pela frase que mudou toda uma vida, que começou toda uma história: Passe lá em casa, que eu to te esperando [...].

#parabensfilha